Para onde vão as nossas universidades

artigo Ricardo Antunes. fonte: Folha de S.Paulo, 6/8/2012, p.A2

O ProUni fortaleceu faculdades de fachada. Já as federais, agora produtivistas,  não têm nem prédios. Mas vozes privatistas, “de mercado”, criticam a greve
A expansão do ensino superior durante os governos Lula e Dilma foi quantitativamente ampla, tanto para as universidades públicas quanto para as privadas.

O primeiro grupo vivenciou uma expansão dos campi muito significativa, através da profusão de cursos – muitos dos quais, entretanto, pautados pela razão instrumental, de qualidade duvidosa e em sintonia com a era da flexibilidade.

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Nota de esclarecimento sobre dossie “Crise da EFLCH”

Comunicado do segmento docente do campus Guarulhos da Unifesp
O segmento docente da EFLCH, reunido em Assembleia Geral no dia 03/08/2012, esclarece que o dossiê intitulado “A crise da Escola de Humanidades da Unifesp e sua permanência no Pimentas”, protocolado pelo Prof. Dr. Juvenal Savian junto à reitoria e às pró-reitorias da UNIFESP, não passou por debate, discussão ou votação em nenhuma assembleia geral de docentes ou instância representativa de nosso campus.

A EFLCH mobiliza-se, por deliberação de sua Congregação, a discutir a questão da localização de seu campus no corrente mês de agosto.


Segmento docente do campus Guarulhos
03/08/2012 18:05

CNG/ANDES-SN denuncia golpe do governo e conclama docentes a intensificar greve

Em comunicado encaminhado as assembleias de base na madrugada desta sexta-feira (3), o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN denuncia o atentado à democracia sindical e ao direito de greve praticado pelo governo federal ao suspender unilateralmente as negociações com os docentes em greve. Conclama ainda os professores a intensificar o movimento para pressionar pela retomada do processo de negociação. Continuar lendo

Apoio de diversos setores da educação demonstra legitimidade da greve das federais

Nestas últimas semanas, a mobilização nacional dos docentes das universidades e institutos federais recebeu declarações de apoio de importantes setores da educação de São Paulo. Reunidos em Campinas, os participantes do Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino produziram uma moção de apoio na qual afirmam que nas negociações “está em jogo uma concepção de universidade pública e do papel do Estado na oferta dessa educação para o sistema público federal de ensino” e pedem que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, abra o diálogo e atenda as reivindicações dos docentes. O documento também declara apoio à mobilização estudantil e dos servidores técnico-administrativos. Continuar lendo

Moção da FEUSP de apoio à greve das federais

Veja no link abaixo as moções da Congregação da FEUSP (Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo) de apoio à greve das universidades federais e de repúdio à violência.

Moção da FEUSP de Apoio à Greve das Federais

 

Governo desrespeita a categoria anunciando acordo e greve continua

Em uma atitude de total desrespeito com as reivindicações dos professores federais, em greve há 77 dias, o governo federal disse na reunião desta quarta-feira (1) que irá assinar acordo com o Proifes.

A afirmativa foi feita após o ANDES-SN, Sinasefe e Condsef apresentarem as respostas das assembleias de base, que rejeitaram, mais uma vez, o proposto pelo Executivo. Para os docentes, a alteração pontual colocada na mesa, na última semana (24/7), não modificou a essência da proposta do governo, o que foi reconhecido pelos próprios representantes do Ministério do Planejamento. Desta forma, continua ignorando pauta da greve nas Instituições Federais de Ensino: reestruturação da carreira docente e valorização e melhoria nas condições de trabalho docente nas IFE. Confira aqui o documento apresentado pelo ANDES-SN. Continuar lendo

Zero de conduta

Vladimir Safatle – Artigo publicado originalmente na Folha de São Paulo de 31/07/2012

Há mais de dois meses, os professores das universidades federais estão em greve. Após duas propostas consideradas insuficientes pela maioria do corpo docente, o governo parece disposto a endurecer as negociações. No entanto há de estranhar a maneira com que uma questão dessa natureza está sendo tratada. Continuar lendo

O passado dura muito tempo: notas sobre as ações antidemocráticas do governo Dilma na greve nacional das instituições federais

Por Roberto Leher (UFRJ)

A postura do governo Dilma frente à greve nacional dos docentes e, mais recentemente, dos técnicos e administrativos das IFES, não pode ser compreendida como uma mera contenda trabalhista. Se a greve é tão ampla, abrangendo 58 das 59 universidades federais, e foi capaz de lograr grande adesão interna, é porque conta com a adesão esclarecida de sua base. As vozes dos professores, animadoramente polissêmicas, convergem, de distintos modos, para a necessidade de um outro horizonte de futuro para a universidade pública, abrangendo a carreira, as condições de trabalho e o padrão remuneratório como fundamentos materiais da autonomia didático-cientifica das universidades.

De fato, o reclamo da falta de autonomia na definição dos cursos é geral, situação particularmente tensa nos novos campi em que cursos minimalistas, fast delivery diploma[i], nos moldes do bacharelado/licenciatura interdisciplinar, proliferam provocando insatisfação entre os docentes e estudantes. O mesmo sentimento de indignação frente à perda de autonomia está presente na pós-graduação, hiperintensificada e submetida, e ao heterônomo controle produtivista da CAPES que, cada vez mais, inviabiliza a produção rigorosa e sistemática de conhecimento e a formação verdadeiramente universitária de mestres e doutores.

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Assembleia dos docentes da Unifesp debate nova proposta do governo nesta sexta (27)

Os docentes da Unifesp voltam a se reunir nesta sexta-feira (27), às 11 horas, com o intuito de debater a nova proposta apresentada pelo governo federal à categoria na última terça-feira. A avaliação do Comando Nacional de Greve do ANDES-SN é de que tal proposta não muda a “essência” da primeira apresentada na sexta-feira (13) e que foi unanimemente rejeitada nas assembleias realizadas nas universidades federais na semana passada. A Assembleia Geral acontece no Anfiteatro A, do campus São Paulo da Unifesp (Rua Botucatu, 740, subsolo).

As primeiras plenárias Brasil a fora já demonstram uma provável rejeição da proposta e a continuidade da greve, como aconteceu nas universidades federais da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Uberlândia, Triângulo Mineiro e Pelotas. A paralisação dos professores do ensino superior começou no dia 17 de maio e atinge 57 das 59 universidades. A principal reivindicação é a reestruturação da carreira docente, uma das mais desprestigiadas dentro do serviço público federal. Além dos docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos de diversas instituições também estão em greve, demonstrando um profundo descontentamento com as atuais condições de educação e trabalho.

Assembleia Geral dos Docentes da Unifesp
Quando: Sexta-feira (27), às 11 horas
Onde: Anfiteatro A, do campus São Paulo da Unifesp (Rua Botucatu, 740, subsolo)
Pauta: Apresentação e discussão da nova proposta do governo à categoria docente

Impasse deve continuar na greve das universidades federais

Por Juliana Sada do blog Escrevinhador – Foi somente após dois meses, e com a quase totalidade de universidades federais em greve, que o governo federal dispôs-se a abrir negociações com os docentes. A data marcada: uma sexta-feira 13. Confirmando o suposto mau presságio, a reunião foi considerada infrutífera pelos docentes. Mais do que isso, o governo fez uma proposta considerada, pelo movimento, um retrocesso em vários pontos. Continuar lendo