Servidores fazem ato em Brasília pelo direito de greve e exigem negociação

Representantes do Comando Nacional de Greve do ANDES-SN participaram, junto com diversas categorias do funcionalismo público federal, de uma manifestação ato nesta quinta-feira (9), na Praça dos Três Poderes, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal. A atividade faz parte do calendário de intensificação da greve dos servidores públicos federais (SPF), definido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos SPF, que reúne representantes de 31 categorias. Continuar lendo

CNG do ANDES-SN esclarece sobre a continuidade da greve nas IFE

Até às 18 horas de quarta (8), 57 assembleias já haviam deliberado pela continuidade da greve

O impasse que levou à greve em mais de 95% das Instituições Federais de Ensino não foi resolvido, conforme vem divulgando o Ministério da Educação (MEC). De acordo com levantamento parcial feito pelo Comando Nacional de Greve dos ANDES-SN, até às 18 horas de quarta (8), 57 assembleias já haviam deliberado pela continuidade da paralisação. Continuar lendo

Para o CNG do ANDES-SN, MEC tenta reprimir a greve dos docentes

Como forma de reprimir a greve legítima dos docentes das Instituições Federais de Ensino, o governo tem orientado as reitorias a dar início ao segundo semestre letivo, desconsiderando a paralisação dos docentes nessas instituições, em curso desde o dia 17 de maio. Para o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN, essa é “mais uma atitude patética do Ministério da Educação”, que demonstra estar de costas “ou fazer que não vê” o que está acontecendo nas IFE. Continuar lendo

Nota da ANPG em defesa da greve e da prorrogação dos prazos de pesquisa

A matéria “Pesquisas acadêmicas têm continuidade durante greve das universidades federais”, publicada pela Agência Brasil no dia 02 de agosto, trouxe a notícia de que a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) enviou um comunicado aos programas de pós-graduação, informando que não prolongará o calendário de prazos para as pesquisas, em função dos calendários acadêmicos terem sofrido alterações por consequência da greve em curso nas universidades federais. Na mesma matéria, há uma declaração do presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) dizendo que não há motivo para alteração de prazos, visto que o contrato do CNPq é com indivíduos e não com instituições. Continuar lendo

Deve ser obrigatório o gasto de 10% do PIB com educação? Sim, 10% ainda é pouco

Ivan Valente – Artigo para a Folha de São Paulo – Depois de 18 meses de tramitação, a Comissão Especial do Plano Nacional de Educação na Câmara concluiu a votação do novo Plano Nacional de Educação.

O texto, que ainda precisa passar pelo Senado, estabelece 20 metas que o país deve atingir no prazo de dez anos. Entre elas: fim do analfabetismo, aumento do atendimento em creches, ensino em tempo integral em ao menos 50% das escolas públicas e o crescimento da fatia da população com ensino superior. Continuar lendo

Universidades federais: o governo vai contratar novos grevistas Comente

Leonardo Sakamoto – blog do Sakamoto – Não se discute a necessidade urgente do país produzir mão de obra qualificada e pesquisa de ponta. Mas, ao mesmo tempo, não queremos investir para que isso aconteça, como se avanços educacionais, científicos e tecnológicos acontecessem por geração espontânea. O governo federal afirma que chegou ao seu limite e não quer mais negociar com os professores das universidades em greve. Apresentam números para mostrar que a categoria não tem o que reclamar.

E nada melhor que pessoas que mexem com números para detalhar melhor a bomba-relógio que estamos armando. Pedi a Ricardo Summa e Gustavo Lucas, professores do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um texto sobre demandas que estão sendo apresentadas pelos grevistas para evitar que o futuro das universidades federais brasileiras seja tão sombrio quanto o que se desenha no horizonte. Segue:

Perdas reais: o professor ingressante e o futuro das universidades federais

A maioria das universidades federais se encontra em greve há quase 80 dias. Além das precárias condições de trabalho, a remuneração é um motivo de insatisfação para grande parte dos docentes, principalmente aqueles que estão nas maiores universidades, nos grandes centros urbanos. O governo federal, não contente com esse cenário, ainda pretende mandar um projeto ao Congresso Nacional que confere perda real para os novos professores ingressantes e um rebaixamento funcional destes.

O secretário de educação superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, considerou que a proposta do governo de reajuste salarial e reformulação da carreira para os professores federais tornaria a profissão atraente, no sentido de incentivar profissionais qualificados a ingressar e permanecer na vida acadêmica (ao invés de buscarem maiores remunerações em outros empregos públicos ou privados). De fato, conseguir bons quadros para as universidades federais é de grande importância para que, pelo menos, seja mantida a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão ali realizados. Mas, em nossa avaliação, esse objetivo será mais difícil de ser alcançado do que já é hoje caso o governo ignore o apelo da maioria das instituições que ainda estão em greve e envie o projeto de lei ao Congresso. São duas as razões para isso: uma relativa à remuneração e outra à carreira em si.

Remuneração: o aumento para o professor ingressante com doutorado que o governo propõe é inferior à inflação. Supondo que esta será igual a 4,5% nos próximos anos, valor da meta perseguida pelo governo, em termos reais (ou seja, o aumento do salário nominal descontado pela inflação) o que ocorre são perdas de salário para os professores doutores recém-contratados em relação ao que recebiam em 2010 (a data inicial de julho de 2010 foi escolhida por ter sido o último reajuste com ganhos reais). No gráfico abaixo, a linha azul representa a evolução do salário nominal com reajustes que cobrem apenas a inflação (em outros termos, representa a evolução do salário nominal de forma a manter o salário real constante), e a linha vermelha representa a evolução do salário nominal com os reajustes propostos pelo governo.

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Quando a linha azul está acima da vermelha, significa que o salário do ingressante em termos de poder de compra real está abaixo do que era em julho de 2010. Percebemos, portanto, que em nenhum momento o ingressante conseguirá recuperar a situação de julho de 2010. Quando uma universidade federal em março de 2015 quiser contratar um ingressante com doutorado, terá que atraí-lo com uma remuneração 7% menor em termos reais do que o fazia em 2010. Isso sem contar que, caso a inflação fique acima do centro da meta, fato que ocorreu nos anos de 2010 e 2011, essa perda será ainda maior.

Carreira: um problema importante da proposta é que esta promove um rebaixamento do cargo inicial de professor doutor. No modelo atual para o plano de carreira, ele entra como professor Adjunto I. No modelo proposto pelo governo, o professor doutor recém-contratado entraria como professor auxiliar, e teria que passar três anos para chegar à condição de Adjunto I. Entraria, portanto, ainda mais longe do topo da carreira.

Devido a esses dois elementos mais gerais, nos parece bastante claro que a carreira de professor universitário federal tornar-se-á cada vez menos atrativa. O problema só tende a se agravar porque o governo já criou para os próximos três anos 19.569 novas vagas apenas para professores do magistério superior. Considerando que hoje a quantidade de professores em atividade das universidades federais consiste em um pouco mais de 68 mil, isso representa uma expansão de quase 30% do quadro docente.

Foi divulgado nos principais meios de comunicação que a contratação de professores ocorrida no passado recente (em que a abertura de concursos foi muito menor do que a que está prevista para o futuro) para algumas áreas e universidades deu-se com dificuldades, devido à falta de profissionais com a qualificação requerida pelos concursos. Na verdade, a razão para esse fenômeno é muito simples: o salário inicial e as condições de trabalho afastam os melhores candidatos, muitas vezes antes mesmo de completar o doutorado, que acabam em empregos de melhor remuneração tanto no setor público quanto no setor privado.

Esperamos que o governo desista de enviar esse projeto e corrija esse grave problema, para evitar que esses novos 19.569 futuros ingressantes não sejam os novos insurgentes daqui a três anos.

Salário de Professor Adjunto 1 por R$ 12.197,45 na particular

Por Pierre Lucena – De Blog Acerto de Contas – Tenho falado bastante sobre a desvalorização salarial dos professores nas universidades federais. Inclusive apresentei um estudo mostrando que hoje um professor com doutorado recebe inicialmente menos do que no ano de 1998, durante o Governo FHC. De lá para cá, as carreiras foram progressivamente se recolocando no Governo Federal, à exceção dos professores universitários. Continuar lendo

Coordenador no Ministério do Planejamento mantém ponto de grevista e se demite

O Coordenador de Inovação Tecnológica do Ministério do Planejamento, César Augusto de Azambuja Brod, se negou a cumprir orientações do governo de cortar o ponto de funcionários em greve e pediu exoneração do cargo na semana passada. Em carta divulgada pelas redes sociais, que também está no site do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsep-DF), Brod alega que não cumpriria uma determinação que feria seus princípios. Continuar lendo

Docentes da Unifesp continuam em greve e reivindicam reabertura das negociações

A Assembleia Geral dos Docentes da Unifesp, realizada nesta segunda-feira (06), aprovou a continuidade da greve da categoria e reivindica a reabertura imediata das negociações por parte do governo. Entre os cerca de 130 professores presentes, apenas um votou pelo fim da paralisação e dois se abstiveram. Continuar lendo

Greve continua e setor da Educação traça agenda de mobilização

Em resposta aos ataques à democracia sindical perpetrados pelo governo federal, os Comandos Nacionais de Greve das entidades do setor da Educação definiram um calendário comum de atividades para intensificar a mobilização. Representantes dos CNG do ANDES-SN, dos Estudantes, da Fasubra e do Sinasefe se reuniram na última sexta (3) e decidiram por realizar na tarde desta segunda (6) um ato em frente ao Ministério do Planejamento, durante a reunião agendada entre o governo e as entidades que representam os técnicos-administrativos das Instituições Federais de Ensino. Continuar lendo